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Consciência Negra e o Direito ao Conhecimento: Por que a Educação em Saúde Ainda Não Chega Para Todos?

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A Consciência Negra é, antes de tudo, um chamado à reflexão sobre desigualdades que persistem silenciosamente no Brasil. E, quando falamos em Fisioterapia, saúde pública e formação profissional, existe uma questão que precisa ser encarada com maturidade: o acesso ao conhecimento não é igual para todos — e isso impacta diretamente a qualidade do cuidado oferecido à população.


Ao longo de anos, o Instituto Fisioterapia Liberta vem defendendo um princípio fundamental: conhecimento é direito de todos. Neste dia 20 de novembro, reforçamos esse compromisso com a responsabilidade social, a ciência e a equidade.


Desigualdade no Acesso ao Conhecimento em Saúde

A educação em saúde no Brasil ainda é profundamente marcada pelas desigualdades estruturais. Isso significa que não é apenas o acesso ao atendimento que muda de pessoa para pessoa — o acesso ao conhecimento também muda.


Estudos nacionais mostram que:

  • Pessoas negras têm menor acesso a cursos de especialização e pós-graduação.

  • A formação continuada é menos acessível, especialmente em regiões periféricas.

  • Barreiras socioeconômicas e raciais reduzem a participação em eventos científicos, congressos e atualizações clínicas.


Em um país onde a Fisioterapia depende de avaliação precisa, raciocínio clínico qualificado e intervenção embasada em evidências, a desigualdade no acesso ao conhecimento tem consequências diretas. Quando parte dos profissionais não consegue acessar formação sólida e continuada, isso se traduz em menos prevenção, menos identificação precoce de disfunções, condutas menos eficazes e, inevitavelmente, maior desigualdade na qualidade do cuidado oferecido à população.


Racismo Estrutural na Formação em Fisioterapia

O racismo estrutural também molda quem entra — e quem permanece — no universo científico.


Ainda é visível:

  • Sub-representação de estudantes negros em cursos de pós, mestrados e doutorados.

  • Baixa presença de docentes e pesquisadores negros em cargos de liderança acadêmica.

  • Menor acesso a redes de apoio, bolsas de estudo e oportunidades profissionais.


Essa lacuna se reflete na produção de conhecimento, nos referenciais dos estudantes e no tipo de fisioterapia que chega à população.

Quando grupos inteiros têm menos acesso ao ensino de qualidade, todos perdem —porque diversidade produz ciência melhor, mais humana e mais representativa.


Como a Desigualdade de Conhecimento Impacta a Saúde

A falta de acesso ao conhecimento não prejudica apenas a formação: ela prejudica o cuidado.


Profissionais com menos oportunidades formativas:

  • têm menos acesso a práticas baseadas em evidência,

  • menos domínio de tecnologias,

  • menos compreensão dos determinantes sociais da saúde,

  • e menor preparo para atender populações em vulnerabilidade.


O resultado? A desigualdade de educação se converte em desigualdade de saúde.

Isso reforça um ciclo injusto: populações negras costumam ser mais afetadas por doenças crônicas, por condições ocupacionais desfavoráveis e por menor acesso ao atendimento — e, ao mesmo tempo, encontram menos representatividade e menos preparo clínico em quem deveria cuidar.


O Papel dos Institutos Educacionais na Redução das Desigualdades

Instituições educacionais têm um papel central nessa transformação. O Instituto Fisioterapia Liberta acredita que acesso ao conhecimento qualificado é um direito, não um privilégio.


Por isso, assumimos compromissos claros:

  • produzir conteúdo científico acessível para estudantes de todas as regiões;

  • democratizar temas complexos sem reduzir qualidade;

  • oferecer cursos inéditos e de excelência;

  • estimular senso crítico e consciência social nos profissionais em formação;

  • fortalecer a responsabilidade do fisioterapeuta na construção de uma sociedade mais justa.


A fisioterapia não acontece no vácuo — ela acontece em um país desigual. E por isso, formar profissionais conscientes é parte de nossa missão.


Consciência Negra e a Responsabilidade do Profissional de Saúde

A Consciência Negra não é um evento anual. É um convite contínuo à pergunta:

Que tipo de profissional eu sou diante das desigualdades que moldam a saúde no Brasil?


Todo fisioterapeuta — da graduação à pós — precisa entender que:

  • conhecimento é uma forma de emancipação,

  • ciência deve servir à população,

  • e qualidade de cuidado exige sensibilidade social.


Quem tem acesso ao conhecimento tem o poder de transformar realidades. Quem compartilha o conhecimento, transforma ainda mais.


Nosso Compromisso Hoje e Sempre

O Instituto Fisioterapia Liberta reforça, neste dia 20 de Novembro, seu compromisso com:

  • diversidade,

  • acessibilidade científica,

  • democratização do saber,

  • formação crítica,

  • e responsabilidade social com a saúde brasileira.


Acreditamos em uma Fisioterapia mais humana, inclusiva e consciente — uma Fisioterapia que reconhece desigualdades para então transformá-las.

Porque toda pessoa tem direito a aprender, cuidar e ser cuidada.


Instituto Fisioterapia Liberta

 
 
 

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